"Não adianta achar que emoção é frescura", defendeu Elisete Pagano, que palestrou sobre o tema "Inteligência Emocional em Projetos". A especialista explicou e exemplificou que as emoções produzem substâncias químicas e nós sentimos e refletimos elas em atitudes. 
 
Diante disso, o primeiro passo é se conhecer. Isso significa que podemos entender porque temos determinados comportamentos diante de algumas situações ou pessoas. Essa preparação ajuda com que controlemos o nosso acesso a repertórios de memórias antigas. Elas podem não ser positivas, o que em muitos casos comprometeria um desempenho profissional. "Tem uma pesquisa que diz que 60% dos nossos pensamentos são negativos", revela Elisete. 
 
Isso pode por em xeque o andamento adequado de um projeto. Por isso, toda essa noção e conhecimento também são fundamentais para gestores e gerentes de equipes e projetos. "Nós conseguimos contaminar o outro com a nossa emoção. E se estamos em um ambiente ou situação de pressão, reações alteradas podem se manifestar facilmente", argumenta a especialista. 
 
Por isso, o gestor deve ficar atento para saber lidar com isso e se posicionar melhor. Entender as pessoas envolvidas no projeto é essencial também para poder negociar com elas e saber qual é o interesse pessoal delas neste trabalho. Portanto, valorizar a informação que vem da emoção em manifestações de integrantes de equipe é fundamental para o sucesso de uma empreitada. "Muita coisa que nos move no dia a dia é inconsciente", garante a mestre em educação.
 
Por isso, manter um ambiente colaborativo, evitar romper relacionamentos, tentar entender porque o comportamento de algum integrante da equipe lhe incomoda, são passos importantes em busca do que Elisete Pagano chama de inteligência emocional. 
Data de publicação: 13 de setembro de 2012
Créditos das Fotos: Sidnei Schirmer-Foto Rocha