Guardanapos rabiscados em uma mesa de bar, conversa solta com gente experiente no mundo business e uma ideia (quase) pronta para sair do papel. Foi em um happy hour do PMIRS que Tomás Moreira se sentiu inspirado para empreender e, na primeira oportunidade, resolveu abrir um bar na Cidade Baixa, em Porto Alegre.
O profissional da área de projetos, que tem mais de 25 anos de experiência no desenvolvimento de produtos e serviços, e atualmente lidera a frente de novos negócios e eventos no Grupo Céu e atua como gerente de desenvolvimento de software na ADP Brazil Labs, compartilhou sobre sua trajetória no PMIRS e o insight para o empreendedorismo.
O Céu Bar e Arte foi uma ideia que surgiu ainda enquanto você estava envolvido com o PMIRS. Como foi que teve esse insight?
Trabalhei como bartender em bares na praia do Cassino, na cidade de Rio Grande, no tempo da faculdade. Sempre quis empreender, mas não sabia ao certo por onde começar.
As conversas de bar, particularmente nos happy hours do PMIRS, sempre foram inspiradoras, pois a maior parte dos filiados e participantes eram pessoas de grande experiência em negócios próprios e em empresas locais e internacionais.
Sempre que um dos bares estava cheio rolava um cálculo de padeiro para saber quanto o bar estaria lucrando naquela noite e também com o nosso grupo. Rolava cálculo de custo e lucratividade por produto (CMV, Margem), fluxo de caixa (Entradas - Saídas), custo de pessoal (quantas pessoas tinham na casa e quanto custaria aquela operação), especulações sobre investimento necessário para montar um negócio daqueles, ROI, etc. Fora as oportunidades de experimentar diversos tipos de bebidas, drinks, comidas, modelos de negócio, modelos de cobrança, modelos de atendimento, avaliar situações de atendimento e práticas de gestão de pessoas.
Fui desenhando em guardanapos de bar algumas ideias. Quando surgiu a oportunidade, em outubro de 2015, elas serviram como guia para construção do meu negócio.
O insight surge na hora que aparece a oportunidade. No meu caso, quando o estacionamento onde eu deixava o carro ficou vago, logo pensei em assumir e abrir um bar, pois todo o cálculo de viabilidade de um negócio estava fresquinho na minha cabeça. Tudo foi possível graças ao conjunto de conhecimentos adquiridos nos happy hours e ao emprego da época, que também consegui através de indicação de contatos adquiridos nesses eventos.
Como foi sua jornada junto ao PMIRS?
Minha primeira jornada como voluntário do PMIRS começou em 2013, muito estimulado pelo então professor da Pós de Gestão de Projetos da ESPM-SUL, Prof. Fábio Giordani.
Eu, então como aluno da pós, fiquei super motivado pelas histórias que ele costumava contar em aula sobre o PMIRS, seus projetos na DELL e em outras empresas, além da oportunidade de entrar para o seleto grupo de profissionais de projetos da região e voluntariar em alguma atividade. O slogan "Coisas boas acontecem com quem se envolve com o PMI" é muito motivador e verdadeiro.
Contudo, em função de trabalhar o dia inteiro na Perto, uma empresa de Gravataí, e ainda fazer pós-graduação à noite, eu não dispunha de muito tempo. Foi aí que falei com o Fábio e surgiu a oportunidade de me tornar voluntário para ajudar a organizar os happy hours do PMIRS, pois para essa atividade a exigência de horas/mês era muito menor e eu já poderia ingressar.
Atuei nessa atividade de 2013 a 2015. Organizei inúmeros encontros, proporcionando momentos de networking fantásticos para membros e não membros do PMIRS. O evento era para filiados, mas seguidamente algum filiado levava amigos interessados em projetos e com vontade de entrar para o PMI. O formato de conversas de bar favorece o engajamento, pelo fato de deixar as pessoas menos tensas e propícias ao networking.
Além dos eventos cotidianos que aconteciam a cada dois ou três meses, também foram organizados grandes encontros - com até 80 pessoas - como parte de dois congressos do PMIRS realizados na PUC.
Nessa época, fui premiado como voluntário destaque da Diretoria de Administração, coordenada pela Carolina Mobus.
Com o tempo, foi caindo o número de inscritos nos eventos e, com a troca de administração, a nova diretoria resolveu encerrar os happy hours e criar um novo modelo de Almoço, com palestras e disponibilização de vagas. Fui convidado e comecei como gestor desse projeto, mas não consegui dar continuidade em função da rotina profissional intensa que estava vivendo, pois a função de voluntário para esse projeto exigiria maior carga horária.
Como o voluntariado influenciou na sua jornada profissional?
O voluntariado me ajudou muito a alavancar minha carreira profissional na área de projetos. Foi a partir da oportunidade de voluntariar que ingressei no PMIRS e fiz uma rede de contatos profissionais e amigos, de onde surgiu muito aprendizado e oportunidades de trabalho, até hoje, a partir das quais venho trilhando minha carreira.
Como voluntário, eu fiz amigos no círculo profissional e pessoal. A cada happy hour tinha chance de conhecer pessoas diferentes, de todos os níveis hierárquicos profissionais e classe financeira. Muito aprendizado diante de discussões sobre dificuldades e soluções encontradas em projetos. Oportunidades de trabalho para atuação em empresas e lecionar em universidades e programas de pós-graduação.
Foi a partir do networking dos eventos que entrei no Sicredi, onde permaneci cerca de sete anos como um dos PMOs mais respeitados da instituição, e também onde surgiu a oportunidade de lecionar durante cinco anos como professor das disciplinas de Gestão de Tempo (Cronograma), Riscos e Escopo em programas de pós-graduação e MBA de instituições conhecidas como La Salle Business School, PUCRS e UCS.
Quais habilidades você aprendeu durante o tempo no PMIRS que aplica hoje em seu trabalho?
Insights sobre gestão de projetos em diversas áreas, inúmeras lições aprendidas, relacionamento, comunicação, gestão de stakeholders, gestão de eventos, empreendedorismo, gestão de mudanças, gestão financeira e muitas outras experiências e aprendizados.
O início do sonho: abertura do bar, em 2015.
Dinâmica de priorização realizada com a equipe.
Tomás Moreira é ex-voluntário do PMIRS e atualmente lidera a frente de novos negócios e eventos no Grupo Céu.
Aproveite os eventos do PMIRS para construir seu networking.
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